11 março 2009
Mais Camnitzer
Vivemos no mito alienante de que somos primeiramente artistas. Não somos. Somos primordialmente seres éticos que distinguimos o bem do mal, o justo do injusto, não apenas no âmbito individual mas também no comunitário e regional. Para sobreviver eticamente necessitamos uma consciência política que nos ajude a compreender nosso meio e a desenvolver estratégias para nossas ações. A arte se converte no instrumento que escolhemos para implementar essas estratégias. Nossa decisão de ser artistas é política, independentemente do conteúdo do nosso trabalho. Nossa definição de arte, de qual cultura servimos, de qual público escolhemos como audiência, de que há de alcançar o nosso trabalho, são todas decisões políticas.
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